CONTEXTO
Moçambique tem a oitava maior prevalência de HIV do mundo, com uma prevalência estimada em 13,2%, de acordo com os últimos indicadores nacionais de Imunização, Malária e HIV/SIDA (IMASIDA - 2015). A partir de 2020, estimava-se que 2,1 milhões de pessoas viviam com HIV em Moçambique, dos quais 13,8% mulheres e 8,8% homens. Entre as raparigas adolescentes (15-19 anos), a prevalência é estimada em 3,3% e entre as mulheres jovens (20-24 anos) em 9,3%, em comparação com 1,6% e 3,7% entre os rapazes adolescentes e os homens jovens, respectivamente. Embora o país tenha feito progressos na testagem e no tratamento do HIV, desafios sistêmicos como a necessidade de percorrer grandes distâncias para aceder aos cuidados, longos tempos de espera nas unidades sanitárias, estigma, cuidados de saúde de má qualidade, e comunicação inadequada sobre a importância de permanecer em tratamento resultam numa elevada proporção de indivíduos seropositivos que interrompem o seu tratamento. Consequentemente, Moçambique continua a ter uma das taxas de mortalidade por HIV mais elevadas do mundo.
DESCRIÇÃO DO PROGRAMA
ECHO é o principal programa clínico da USAID para cuidados e tratamento clínico do HIV/SIDA. O projecto, de cinco anos, apoia 148 unidades sanitárias nas províncias de Sofala, Manica, Tete e Niassa, prestando apoio ao governo de Moçambique para expandir o acesso a testagem de HIV, assegurar que as pessoas seropositivas recebem tratamento, permanecem em tratamento, e reduzem a sua carga viral para colocar o vírus sob controlo. O ECHO da apoio e assistência técnica, alocando centenas de trabalhadores de saúde, trabalhadores comunitários e analistas de dados para locais com fraco desempenho, formando trabalhadores de saúde do governo, concedendo subsídios a organizações de divulgação comunitária, e apoiando o governo no reforço de laboratórios, transportes e sistemas de informação cruciais. À medida que o projecto avança, ECHO irá construir a sustentabilidade, transferindo gradualmente mais responsabilidade para os intervenientes locais, incluindo o Governo de Moçambique, especialmente a nível das unidades de saúde, distritos e províncias.
RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS
Até 2024, ECHO terá contribuído para o controlo da epidemia do HIV nas quatro províncias do projecto, o que significa que 95% dos moçambicanos com HIV conhecem o seu estado, 95% dos indivíduos seropositivos recebem tratamento, e 95% dos que estão em tratamento são tem o virus suprimido. Como resultado, menos pessoas terão HIV ou morrerão de SIDA, e as pessoas com HIV viverão vidas mais saudáveis e mais produtivas. O projecto atingirá estes objectivos melhorando a orientação dos testes de HIV, reforçando a ligação ao tratamento assim que os indivíduos são diagnosticados, mantendo mais pacientes em tratamento, e reforçando o sistema laboratorial de carga viral para aumentar os pedidos de testes e receber resultados mais rapidamente. No final do projecto, ECHO terá apoiado o governo a desenvolver a capacidade e os sistemas para sustentar estes resultados.
A partir do 4º trimestre (4º trimestre) do ano fiscal de 2021, ECHO alcançou os seguintes resultados:
- Melhoria da optimização dos regimes pediátricos em todas as províncias apoiadas, com a optimização o DTG a aumentar de 89% no Y3Q1 para 95% no final do Y3Q4,
- Aumento do número de pessoas em tratamento de 246,256 para 301,446 entre os anos 2 e 3, com um crescimento impressionante de 7,3% no último trimestre do AF21,
- Superação das metas de profilaxia pré-exposição (PrEP), aumentando o número de indivíduos na PrEP de 95 no início do Ano 2 para 2,109 até ao final do AF21,
- Melhoria contínua na retenção precoce, com uma retenção de um mês consistentemente aumentada durante Y3 de 91% no T1 para 95% no final do T4, e a retenção de três meses aumentou de 91% no T1 para 96% no T4.