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O turismo é um dinamizador pequeno, mas em expansão da economia de Moçambique. O nosso programa de biodiversidade e turismo baseia-se no recente compromisso do Governo em relação ao sector do turismo e à promulgação de leis e políticas de conservação. Em conjunto com o governo, o nosso programa trabalha com outros doadores, organizações não-governamentais e investidores privados na promoção de um sector de conservação sólido, que apoie uma indústria de turismo nascente e capitalize a biodiversidade e os recursos naturais do país de uma forma não-extractiva. No centro da nossa abordagem encontra-se a aquisição de competências e capacidades locais, bem como a atribuição de maior importância à investigação científica como contributo para as prioridades de conservação e as decisões de gestão.

Em parceria com o governo, o Fundo Mundial para a Natureza - World Wildlife Funde a Coca-Cola Co, trabalhamos com o objectivo de proteger as espécies e habitats naturais do lago de água doce que possui a maior biodiversidade do planeta. A criação e protecção da Reserva do Lago Niassa também apoiam a subsistência dos pescadores e definem uma via para um amplo crescimento sustentável no turismo e em sectores relacionados.

Da mesma forma, apoiamos o Gorongosa Restoration Project em prol da criação de uma relação mutuamente benéfica entre o parque e as comunidades, ajudando-as assim a estabelecer os seus direitos à terra, práticas de gestão de recursos e instituições democráticas e socioeconómicas. Esta medida estimulará a actividade económica no centro de Moçambique, ao incentivar as empresas do sector privado relacionadas com o parque.

Reduzir o Custo Global da Vulnerabilidade

Como consequência do seu extenso litoral, das frequentes tempestades violentas e das inundações sazonais, Moçambique é um dos dois países de África mais vulneráveis às mudanças climáticas, e entre os cinco mais vulneráveis do mundo. Os centros urbanos, e mais especificamente as suas cidades costeiras, funcionam como centros económicos e dinamizadores do desenvolvimento do país. Estas cidades costeiras possuem grande parte das principais infra-estruturas e mão-de-obra produtiva do país, que são vitais para sustentar o forte crescimento económico de que tem beneficiado ao longo dos últimos anos. No entanto, são também algumas das mais vulneráveis aos choques climáticos em África, segundo o Instituto Nacional de Gestão de Desastres e agências internacionais de desenvolvimento.

Nas cidades, eventos extremos como ciclones e tempestades tropicais já acarretam grandes custos, prevendo-se que as mudanças climáticas agravem a situação. Estes incidentes periódicos terão sérios impactos nas infra-estruturas urbanas e na saúde das populações locais, assim como na biodiversidade.

O objectivo do programa quinquenal da USAID de adaptação das cidades costeiras é conseguir uma maior resiliência ao clima em cidades costeiras seleccionadas. Os beneficiários directos serão constituídos pelas autoridades municipais, munícipes participantes no projecto, organizações cívicas locais, instituições académicas e o Instituto Nacional de Gestão de Desastres. Como as famílias de baixa renda tendem a viver nas zonas urbanas mais ameaçadas pelos riscos climáticos, os benefícios serão particularmente elevados para estas famílias. O programa irá melhorar a prestação de serviços urbanos resilientes ao clima, aumentar a procura pública de medidas de resiliência climática e aumentar o acesso a seguros e outros instrumentos de gestão de riscos para infra-estruturas urbanas e meios de subsistência vulneráveis.

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Ensaio fotográfico: Constituição da Reserva do Lago Niassa em Moçambique

 

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Mozambique environment
A Reserva do Lago Niassa é um dos lagos de água doce mais biodiversos do planeta
Christian Smith/USAID